sexta-feira, 11 de julho de 2008

Pensamento 11/07/2008

O que fazer?
Quando nos deparamos com dois caminhos distintos à nossa frente e temos de optar pelo que mais convém, não há escapatória. Uma parte de você tem de ceder, para que a outra possa seguir.
Construindo e destruindo, a memória se esquece rápido do fracasso e para isso procura outros desafios. Os mais difíceis ficam gravados nos dando impulso para pequenas escolhas.
Mas afinal, o que escolhemos? Sempre haverá um caminho novo, mesmo se não o seguirmos, talvez, o caminho correto.
No mundo das “coisas” é difícil discernir o que é o que.
Faço-me nova e me renovo, me remonto e desmonto num emaranhado de idéias. Elas sim são os meus caminhos. Nos meus pensamentos posso voltar a ser quem eu sou, errar e concertar, esquecer que aprendi, aprender a me lembrar. Fracasso não existe! Existem escolhas. E nelas escorrego para qualquer lugar.
Tenho desejos e realizo-os. Ou não. Posso apenas ignorá-los como se ignoram os sonhos. O meu sonho é fantasia. Ele pode ser realidade a qualquer hora. O instante agora se aproxima e depressa sinto a suave presença de mim mesma, dona de toda a força que me move como ser. Ser em total expansão, partícula pequena do universo. Porém, ainda parto para um rumo que não sei onde fica.
Sinais de memórias remotas. Sinto que os dias passam, a vida passa e não consigo eu passar por ela. Presa aos compromissos mundanos, escrava de mim mesma, de meus pensamentos esmagados pela realidade, sigo como sonhadora. Quanto bem ainda cabe em meus pensamentos?
Finjo não saber de onde vem essa dor que me atormenta todos os dias. Acorda! Essa voz doce se faz penetrante em minha alma. Acorda!
Viver acordada é mais que loucura. Quem ama sonha, não vive?! Quero amar.
O próximo de cada momento é você! Veja, há um próximo atrás de você. Adiante não há próximo? Devo olhar para trás? O que me espera à frente?
Suave brisa me lembra novamente os sonhos. Mergulho neles e regorjizo-me de uma entrega total a liberdade. O passado é morto. Vivo no passado presente futuro, volto e me adianto para que os ponteiros do relógio não me peguem . Não posso. Estou presa às minhas memórias. Lamento.
Deparo-me com a realidade, mas quem sou eu? Um amontoado de idéias explicitas e destoantes que me fazem parecer tudo e nada. Nada sou isso bem sei, mas ainda sim o nada é alguma coisa. Algo talvez a espera de ser compreendido e realizado. Já disse realizo-me em sonhos. No sonho tudo é possível. Sou gente.

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